RI: RELATO INTEGRADO

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Marcella A. Brandão Noronha

Advogada do escritório Marcos Martins Advogados Associados

Como agregar valor à sua empresa? Sobre este ponto tão relevante no mundo corporativo, diversos argumentos e respostas poderiam ser encontrados. Contudo, cabe ressaltar que há um enfoque essencial para investidores e stakeholders , qual seja o conhecimento acerca das atividades, da forma de gestão, dos pontos negativos e positivos de uma empresa, entre outros.

Com a finalidade de dar mais transparência e clareza quanto a informações que fazem parte das corporações, grupos institucionais em diversos países, incluindo o Brasil, resolveram trabalhar em conjunto para eliminar excessos, simplificar a forma de divulgação de informações e para compilar as bases de dados mais relevantes das empresas. Com a mencionada iniciativa, é possível notar que há um avanço no universo corporativo brasileiro, que foi retomado com o início do projeto de Relato Integrado.

Todos os anos as empresas têm de divulgar demonstrações contábeis, as quais se referem às suas informações financeiras e não financeiras. Com este enfoque, o Relato Integrado criou um conceito baseado em controle e gestão, por meio de quais informações contábeis, financeiras, de responsabilidade social, sustentabilidade e governança corporativa são compiladas em um único relatório. Seu conceito é basicamente reunir um conjunto de informações relevantes sobre a empresa, informações estas a serem divulgadas para o mercado, não como um relatório a mais, mas como uma fonte simplificada, objetiva e, ao mesmo tempo, completa, de dados sobre as empresas que passarem a seguir o modelo definido como base do Relato Integrado.

A Comissão Brasileira do Relato Integrado tem trabalhado incessantemente para chegar a um modelo ideal de relatório adequado à realidade brasileira em termos de legislação e prática de mercado, seguindo interesses dos stakeholders e de investidores, visando inclusive reduzir a quantidade de notas explicativas divulgadas e aumentar o filtro de informações, no sentido de diminuir excessos, e não deixar de demonstrar dados relevantes.

Alguns princípios básicos estão sendo adotados para a elaboração do referido modelo de Relato Integrado, quais sejam: (i) foco estratégico; (ii) conectividade entre informações; (iii) receptividade do público pertinente; (iv) materialidade e precisão; (v) confiança e inclusão abrangente de informações; e (vi) comparabilidade e coerência. Há de se considerar que, com tais princípios, o Relato Integrado passa a se relacionar diretamente ao capital humano, financeiro e intelectual de uma empresa.

Tendo em vista o acima exposto, o Relato Integrado se mostra um grande aliado da transparência nas relações com investidores e no nível de qualidade das informações a serem divulgadas no mercado. Seus benefícios são diversos, tendo em vista que as empresas que adotarem (e que já adotam) o Relato Integrado como seu modelo básico de divulgação de informações, as quais podem ser empresas de pequeno, médio ou grande porte, sendo de capital aberto ou não, que realizem atividades em qualquer setor, somente possuem como requisito para tanto a motivação para que o Relato Integrado faça parte de sua gestão, sendo possível mostrar ao mercado como a empresa é, de que forma ela opera, como ela executa suas atividades, despertando o interesse de potenciais investidores sobre a empresa.

Desta forma, é notório que o Relato Integrado possibilita uma maior capacidade de organização com a definição de temas relevantes para as empresas, transformando, assim, tais informações em maior transparência, o que consequentemente incentiva investimentos na empresa e agrega valor ao negócio.

Bibliografia:

CALADO, Luiz Roberto. Opinião: Relato Integrado: a nova era da transparência. Disponível em: . Acesso em: 4 set. 2013.

REPORT SUSTENTABILIDADE. Disponível em:
. Acesso em: 11 set. 2013.

Reunião da Comissão Brasileira do Relato Integrado em 16 de outubro de 2013.

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