Giulia Keese Montanhesi
Advogada do Escritório Marcos Martins Advogados
De acordo com informações divulgadas pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) no dia 13/01/2021, o volume de Ofertas Iniciais de Ações (IPOs) cresceu 344% em 2020, se comparado com o mesmo período em 2019. Em comparação com o ano passado, o número de operações foi de 5 para 27 negócios, verificado um salto de R$ 10,2 bilhões para R$ 45,3 bilhões. Ainda, foi informado que o resultado é o maior desde 2007.
Apesar do volume de cancelamentos de IPOs em 2020 chegar a 25 (com a mais nova desistência de Prima Foods), os altos índices claramente evidenciam uma retomada do mercado bem mais agressiva em determinados setores, como tecnologia da informação, saúde, agronegócio e financeiras.
Foi apontado que “mesmo com crise, entrada de empresas na bolsa este ano já é mais do dobro da registrada em 2019” e de acordo com o Vice-Presidente da Anbima, José Eduardo Laloni, “O mercado de ações se manteve aquecido no segundo semestre de 2020. Apesar do impacto da pandemia, o resultado positivo nos IPOs reflete a melhora dos aspectos estruturais do mercado, como juros baixos e os investidores diversificando as carteiras”.
Dentre as estatísticas dos follow-ons (ofertas subsequentes de ações), houve queda de 7,3%, sendo que o volume de R$ 79,8 bilhões, em 2019, foi para R$ 74,0 bilhões, em 2020. As operações caíram de 37 para 25. Outros produtos também tiveram recuo considerável, como os títulos corporativos de dívida e as debêntures incentivadas, emitidas sob a Lei 12.431 e com isenção de imposto para pessoa física.
Fonte: https://www.anbima.com.br/pt_br/noticias/ofertas-iniciais-de-acoes-crescem-344-em-2020.htm
